Notícia

  • 30 março 2020
  • Paraná
Porto de Paranaguá faz embarque inédito de fubá em sacas
Você pode ouvir esta matéria

As operações portuárias seguem normais, com cuidados redobrados, nos portos brasileiros. Neste final de semana, o Porto de Paranaguá fez o primeiro embarque do país de fubá ensacado. São 6 mil toneladas da farinha de milho que vão alimentar famílias no Congo, na África.

 

O produto é paranaense, com origem na região de Maringá. O embarque, na modalidade breakbulk (em que a mercadoria é transportada solta no porão de navio) permite melhores custos do que o transporte marítimo via contêineres, que é a prática comum para produtos em menor volume. Ao todo, foram 240 mil sacas embarcadas.

 

Segundo o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, é importante que as cargas sejam diversificadas. “Toda a cadeia logística ganha com um novo produto entre as exportações. Já mostramos que temos conhecimento, capacidade e estrutura para atender, com qualidade e eficiência, o segmento de Carga Geral que é o que mais vem crescendo em movimentação”, diz.

 

O fubá, ou farinha de milho, já é exportada há alguns anos, pelo Porto de Paranaguá, mas em contêineres. “Nossa expectativa com esse embarque em breakbulk é muito boa. Um novo produto abre uma nova frente que independe de safra, pois a farinha usa milho estocado. É um produto regular, com exportação o ano todo. A gente ganha uma nova frente de trabalho. Isso é bom para toda a comunidade portuária”, afirma Patrick Ferreira Tavares, diretor comercial do grupo Marcon, empresa responsável pelo carregamento.

 

De acordo com Tavares, a operação usa sacas de 25 quilos, como a realizada para o embarque do açúcar. Para ele, a tendência é que a nova modalidade de exportação do fubá, assim como de outros produtos, se estabeleça. Entre as mercadorias que podem seguir essa mesma linha, está o feijão, milho de pipoca, gergelim e derivados. “Acreditamos que existe grande possibilidade de seguirem esse o mesmo caminho, pela quantidade já exportada em contêiner”, diz Tavares.

 

De fubá, em 2019, foram 1.280 TEUs (unidade padrão de um contêiner de 20 pés) exportados. De feijão, 2.263 TEUs; pipoca 1.450 TEUs; e gergelim 130 TEUs.

 

CUIDADOS – Por se tratar de um gênero alimentício destinado à alimentação humana, alguns cuidados são cumpridos no armazenamento e transporte da carga do fubá. “Temos várias controladoras acompanhando esta operação que considera, em primeiro lugar, a qualidade e a limpeza que garantimos, tanto nos armazéns fora do porto, quanto nos caminhões, nos shiploaders (carregadores) e no porão do navio”, garante o diretor-comercial da empresa.

 

Segundo ele, o embarque foi discutido com a Diretoria de Operações da Portos do Paraná por mais de um mês. “O porto deu todas as condições para que essa operação fosse realizada. O Porto de Paranaguá é um dos poucos portos do país a ter capacidade para fazer essa operação”, afirma.

 

O motivo, segundo Tavares, é que no terminal paranaense os armazéns de retro área são especializados em gêneros alimentícios, com capacidade estática, superior a 100 mil toneladas. “Isso nos possibilita manter a produtividade no carregamento do navio. Além disso, o Porto de Paranaguá dá segurança aos operadores. Hoje temos a melhor estrutura do país para carga geral”, afirma.


Fonte: AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS | FOTO: PORTOS DO PARANÁ
Desenvolvido por Goutnix - Agência Digital.