Notícia

  • 05 agosto 2013
  • Realeza
Índice de Desenvolvimento Humano de Realeza cresceu 47,35% nas últimas duas décadas, segundo o Atlas
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 divulgou na segunda-feira (29) o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) das cidades brasileiras nas últimas duas décadas (1991 a 2010), composto pelos indicadores de longevidade, educação e renda. Além de mais de 180 indicadores de população, habitação, saúde, trabalho, e vulnerabilidade, com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.

Os dados de Realeza, segundo o Atlas, são os seguintes: Em 1991, renda: 0,597, longevidade: 0,703, educação: 0,280. IDHM: 0,490. Em 2000, renda: 0,658, longevidade: 0,774, educação: 0,512, IDHM: 0,639. Em 2010, renda: 0,720, longevidade: 0,830, educação: 0,630, IDHM: 0,722. O IDHM é um número que varia entre 0 (muito baixo) e 1 (muito alto). Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano de um município.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Realeza é 0,722, em 2010. O município está situado na faixa de desenvolvimento humano alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi educação (com crescimento de 0,118), seguida por renda e por longevidade. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi novamente a educação (com crescimento de 0,232), seguida por longevidade e por renda.

Evolução
Entre 2000 e 2010, o IDHM passou de 0,639 em 2000 para 0,722 em 2010 - uma taxa de crescimento de 12,99%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 22,99% entre 2000 e 2010.

Entre 1991 e 2000, o IDHM passou de 0,490 em 1991 para 0,639 em 2000 - uma taxa de crescimento de 30,41%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 29,22% entre 1991 e 2000.

Entre 1991 e 2010, Realeza teve um crescimento no seu IDHM de 47,35% nas últimas duas décadas, abaixo da média de crescimento nacional (47,46%) e abaixo da média de crescimento estadual (47,73%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 45,49% entre 1991 e 2010.

Ranking
Realeza ocupa a 1244ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 1.243 (22,34%) municípios estão em situação melhor e 4.322 (77,66%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 399 outros municípios de Paraná, Realeza ocupa a 115ª posição, sendo que 114 (28,57%) municípios estão em situação melhor e 285 (71,43%) municípios estão em situação pior ou igual. Na região Sudoeste, Realeza ocupa a 15ª posição, entre 42 municípios.

Demografia e saúde
Entre 2000 e 2010, a população de Realeza teve uma taxa média de crescimento anual de 0,19%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de -0,75%. No Estado, estas taxas foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,01% entre 1991 e 2000. No país, foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000. Nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 33,11%.

Estrutura Etária
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência de Realeza passou de 52,89% para 44,53% e o índice de envelhecimento evoluiu de 6,11% para 8,93%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 61,80% para 52,89%, enquanto o índice de envelhecimento evoluiu de 4,02% para 6,11%.

A razão de dependência é a população de menos de 14 anos e de 65 anos (população dependente) ou mais em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa). O índice de envelhecimento é a população de 65 anos ou mais em relação à população de menos de 15 anos.

Longevidade, mortalidade e fecundidade
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Realeza reduziu 17%, passando de 15,8 por mil nascidos vivos em 2000 para 13,0 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do Estado e do país eram 13,1 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente.

A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Em Realeza, a esperança de vida ao nascer aumentou 7,6 anos nas últimas duas décadas, passando de 67,2 anos em 1991 para 71,5 anos em 2000, e para 74,8 anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de 74,8 anos e, para o país, de 73,9 anos.

Educação
A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM educação.

No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 20,99% e no de período 1991 e 2000, 98,05%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 6,02% entre 2000 e 2010 e 76,87% entre 1991 e 2000.

A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 13,25% no período de 2000 a 2010 e 110,50% no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 41,97% entre 2000 e 2010 e 97,30% entre 1991 e 2000.

Em 2010, 72,86% dos alunos entre 6 e 14 anos de Realeza estavam cursando o ensino fundamental regular na série correta para a idade. Em 2000 eram 71,49% e, em 1991, 41,44%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 40,60% estavam cursando o ensino médio regular sem atraso. Em 2000 eram 32,11% e, em 1991, 8,19%. Entre os alunos de 18 a 24 anos, 22,31% estavam cursando o ensino superior em 2010, 10,36% em 2000 e 3,16% em 1991. Nota-se que, em 2010, 2,66% das crianças de 6 a 14 anos não frequentavam a escola, percentual que, entre os jovens de 15 a 17 anos atingia 14,55%. A escolaridade da população adulta é importante indicador de acesso a conhecimento e também compõe o IDHM educação.

Em 2010, 44,89% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 29,03% o ensino médio. No Paraná, 55,53% e 38,52% respectivamente. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos escolaridade. A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 7,54% nas últimas duas décadas.

Os anos esperados de estudo indicam o número de anos que a criança que inicia a vida escolar no ano de referência tende a completar. Em 2010, Realeza tinha 10,87 anos esperados de estudo, em 2000 tinha 11,01 anos e em 1991, 9,60 anos. Enquanto que no Paraná, tinha 10,43 anos esperados de estudo em 2010, 10,11 anos em 2000 e 9,68 anos em 1991.

Renda
A renda per capita média de Realeza cresceu 115,11% nas últimas duas décadas, passando de R$ 327,71 em 1991 para R$ 479,20 em 2000 e R$ 704,94 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 46,23% no primeiro período e 47,11% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 24,00% em 1991 para 8,51% em 2000 e para 1,16% em 2010.

A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,62 em 1991 para 0,55 em 2000 e para 0,43 em 2010. O Índice de Gini é um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.

Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.

Trabalho
Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 67,02% em 2000 para 74,78% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 8,43% em 2000 para 2,47% em 2010.

Habitação
Nos indicadores de habitação em Realeza, aponta que em 1991 eram 73,38%, e 84,09% em 2010, da população em domicílios com água encanada. Da população em domicílios com energia elétrica, 90,06% em 1991, e 99,87% em 2010. A população em domicílios com coleta de lixo (somente para população urbana), em 1991 era de 73,86%, e em 2010 de 95,71%.

Vulnerabilidade social
Os indicadores de vulnerabilidade social mostram em 1991, 32,80%, e em 2010, 13,00%. A porcentagem de crianças de 4 a 5 anos fora da escola em 1991 não há dados, em 2010 de 19,21%. Em 1991 de 22,21% e em 2010 de 2,66% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola. As pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza, em 1991 não há dados, e em 2010 de 3,29%. As mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos, em 1991 nenhuma, e 2010, 0,92%. As mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos, em 1991, 5,23% e 6,62% em 2010. A taxa de atividade - 10 a 14 anos, 19,29% em 1991, e 16,67% em 2010.

Família
Nos indicadores família. As mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos, em 1991 eram 10,56%, e em 2010, de 11,95%. As pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos, em 1991 eram 2,27%, e em 2010, de 0,88%. As crianças extremamente pobres, em 1991 eram 31,81%, e em 2010, de 2,34%.

Trabalho e renda
Os índices de trabalho e renda, os vulneráveis à pobreza em 1991 era 69,73%, e em 2010 de 17,54%. As pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal, em 1991 não há dados, e em 2010 de 36,73%.

Condição de moradia
Os indicadores de condição de moradia indicam que as pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados, em 1991 eram de 0,15%, e em 2010, de 2,51%.

Informações:Jornal Liberal
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