O município de Realeza está selecionado ao projeto de Agricultura Sustentável para o Desenvolvimento Rural, que será desenvolvido em cooperação entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Governo do Brasil, e o Ministério do Meio Ambiente, da Alimentação e dos Assuntos Rurais (Defra) do Governo do Reino Unido através do Fundo Internacional para o Clima, com realização, gestão e implementação técnica a cargo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Serão contemplados 70 municípios do país, nos Estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia, do bioma Amazônia; e Bahia, Minas Gerais, Paraná, e Rio Grande do Sul, do bioma Mata Atlântica, são 10 municípios por Estado. Farão parte do projeto 350 unidades demonstrativas (propriedades), 50 por Estado, cinco por município, e mais 3.360 unidades multiplicadoras, 480 por Estado, 48 por município. São 3.710 agricultores beneficiados, 530 por Estado, e 53 por município. O investimento total do projeto é de R$ 80 milhões.
São seis tecnologias apoiadas pelo projeto: Tecnologia de integração lavoura-pecuária-floresta; manejo sustentável de florestas nativas remanescentes; plantação de florestas para fins produtivos; recuperação de área de preservação permanente; recuperação de reserva legal; e recuperação de áreas degradadas.
O objetivo do projeto de cooperação é promover o desenvolvimento rural sustentável, com demonstração para adoção ampla pelos produtores rurais de tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono, que recuperem o potencial produtivo de áreas agrícolas degradadas e que permitam restaurar áreas de manutenção legal de vegetação nativa. Desta forma se busca aumentar a sustentabilidade da produção agrícola preservando o meio ambiente, com redução da pressão para desmatamento de novas áreas, diminuição da emissão de gases estufa, aumento dos estoques de carbono, conservação da biodiversidade e melhoria de renda no meio rural.
Por meio da disponibilização de recursos financeiros não reembolsáveis, com acompanhamento de assistência técnica, produtores rurais demonstradores instalarão em suas propriedades unidades demonstrativas com as tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono, apoiadas pelo projeto. O resultado esperado é que estas tecnologias possam ser conhecidas e adotadas em ampla escala por outros produtores rurais, com apoio de linhas de crédito rural já disponíveis. Os recursos serão também utilizados em treinamentos para capacitação de produtores rurais e de agentes de assistência técnica, com enfoque em desenvolvimento rural sustentável.
Ao final de quatro anos (2014 a 2017) a meta é recuperar 41.560 hectares de áreas degradadas, evitar a emissão de 6,97 MtCO2 (gás carbônico) e reduzir 10,71 MtCO2 pela substituição de práticas agrícolas inapropriadas, em 3.710 propriedades rurais de sete estados nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, com instalação tecnicamente assistida de unidades demonstrativas de tecnologia agrícola de baixa emissão de carbono, visando sua divulgação e adoção por outros produtores rurais.
O lançamento do projeto aconteceu no dia 14 de agosto, quarta-feira, em Brasília, na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a presença de autoridades do Brasil e Reino Unido, ligadas a agricultura, e os prefeitos e lideranças dos 70 municípios abrangentes.
De Realeza, o prefeito Milton Andreolli (PT) participou da solenidade, junto com os vereadores, o extensionista da Emater, Odir Basso (PMDB), e o agricultor, Lenoir Iop (PPS). Eles também tiveram a oportunidade de conversar e conhecer mais sobre o projeto com o próprio criador, o coordenador geral de sustentabilidade ambiental e chefe adjunto da assessoria de gestão estratégica do Mapa, Renato de Oliveira Brito.
No município de Realeza, de acordo com o vereador Basso, o projeto terá apoio da Emater e Secretaria Municipal de Agricultura. As propriedades beneficiadas passarão com uma seleção para participar do projeto.
Reivindicações
As autoridades de Realeza aproveitaram a oportunidade de estarem na capital federal para encaminhar reivindicações junto a parlamentares e ministérios, entre eles, os deputados federais Zeca Dirceu (PT), Assis do Couto (PT), Hermes Parcianello "Frangão" (PMDB), e o senador Sérgio Souza (PMDB). E nos Ministérios da Saúde, Integração, e na Casa Civil.
Informações: Douglas Kichel/Jornal Liberal
